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OPINIÃO: O sonho de um brasileiro

A cada quatro anos, ou a cada eleição, renovam-se as esperanças de um Brasil melhor. Afinal, eleição também serve para nossas escolhas por quem se imagina possa nos oportunizar melhorias no próximo período governamental ou, até, nos próximos períodos. Quando se conhece os candidatos, pelo menos para quem não é passional, se faz uma avaliação preliminar para definir nossas preferências, seja pelo nome do candidato, sua história, suas ideias, seus planos de governo, enfim, o que eles estão nos prometendo. Dentre as promessas, surgem as que se repetem a cada eleição e sem a mínima chance de exequibilidade, mas que tem o condão de sensibilizar o eleitor e, com isso, cooptar votos.

Essas promessas costumam ser esquecidas logo depois do resultado do pleito, quando não afirmado peremptoriamente de que tal promessas nunca fizeram. Por outra, prometem obras gigantescas, faraônicas, que sabem impossível concretizá-la em quatro anos. Um dos candidatos está prometendo metrôs nas regiões metropolitana. Outro, excluir do banco de inadimplentes do SPC quem tem dívidas lá cadastradas. Afinal, quais são nossas carências imediatas? Não é mais simples optar por políticas que atendam a todos e mais necessárias? Talvez, isso não se transforme em votos e, desta forma, desinteresse a quem busca a eleição a qualquer custo político e financeiro.

Não vejo candidatos apresentarem planos concretos para as áreas mais necessitadas, como educação, saúde e segurança. Não basta dizer que estas áreas estão dentre as prioridades de governo. Isso todos dizem e a toda eleição, há muitos anos, e de concreto nada fazem. Não se iludam. Não tem nada fácil. Aqueles que apregoam que resolverão tudo que nos cercam, não o farão e em quatro anos retornarão com as mesmas propostas. Não gostaria de findar meus dias sem antes presenciar alguém encarar as eleições com a seriedade que merece. Alguém que prometesse tarefas realizáveis, políticas possíveis e necessárias. Não haverá promessa decente se não indicar com objetividade e o modo de fazê-la.

Não haverá proposta decente sem indicar como faremos com os 30 milhões de analfabetos que temos. Sem indicar com objetividade como vamos tratar nossas crianças e o ensino básico com qualidade; não haverá futuro nem proposta decente porque, sem iniciar com essa reforma, não haverá segurança, saúde e tudo mais que dependem da educação, mas educação, não ensino por correspondência e distribuição de cursos superiores pelo Brasil inteiro, normalmente destinadas a afilhados políticos de quem está no poder. Sonhar é possível. Ver realizado esse sonho, depende de todos nós.

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